segunda-feira, 28 de março de 2011

Acidente nas Cataratas do Iguaçu alerta para segurança


A morte de dois turistas americanos em um acidente de barco nas Cataratas do Iguaçu, na última semana, alerta para a necessidade de checar itens de segurança que costumam ser negligenciados em passeios e esportes de aventura:
Dois turistas morreram em um acidente de barco no lado argentino das Cataratas do Iguaçu, na manhã desta segunda-feira. Outras oito pessoas estavam no barco, em um passeio organizado pela empresa argentina Jungle Explorer.
O capitão do barco, Mario Alberto Aguierre, 41, foi encaminhado de helicóptero ao hospital Ministro Costa Cavalcanti, em Foz do Iguaçu (PR), com suspeita de infarto. Segundo informações do Hospital Municipal de Foz do Iguaçu, para onde ele foi transferido para tratar uma lesão no braço, os médicos do primeiro hospital descartaram problemas cardíacos.
Não há informações sobre o estado de saúde dos demais passageiros, que são da Colômbia, EUA e Alemanha. Eram cinco turistas, o copiloto e um fotógrafo. Os mortos são os turistas americanos Laura Evert, 28, e Philips Musgrove, 70.
O parque onde estão as Cataratas do Iguaçu tem 252 mil hectares --185 mil hectares do Parque Nacional do Iguaçu, no lado brasileiro, e 67 mil hectares do Parque Nacional Iguazú, em território argentino. Foi lá que o acidente ocorreu.
O barco levava turistas pelo leito do rio até bem perto das quedas d'água. Informações preliminares da assessoria da prefeitura naval de Puerto Iguazú apontam que o piloto bateu a embarcação numa parede de rocha, próxima a um dos saltos mais famosos, o San Martin.
As outras vítimas ficaram ilhadas numa pedra. A operação de resgate mobilizou os bombeiros e a Marinha dos dois países. Os feridos foram levados para o hospital Samic de Iguazú, em Puerto Iguazú, cidade argentina na fronteira com Foz do Iguaçu (PR).


As vítimas estavam em um barco de uma empresa argentina --o acidente ocorreu no país vizinho.
No Brasil, só uma empresa tem permissão para levar turistas em passeios de barco pelas cataratas. A fiscalização é feita pela Capitania Fluvial do Rio Paraná.
Segundo o parque, os barcos brasileiros vão apenas até as quedas d'água menores e não circulam no local do acidente com os americanos.
Mesmo assim, é importante usar coletes salva-vidas e verificar se a lotação do bote está dentro do limite permitido pela legislação.
A mesma recomendação serve para outro esporte um pouco mais radical, feito nas águas com correnteza.
No rafting, o mais popular entre os praticados em Brotas, no interior de São Paulo, também são equipamentos obrigatórios o remo e o capacete de proteção.
NO AR
No paraquedismo, é raro que os clientes se informem sobre a segurança, diz o diretor técnico da Federação Paulista de Paraquedismo, José Roberto Schleiffera.
"As pessoas são muito interessadas no número de parcelas e na resolução das fotos, mas quase nunca na quantidade de saltos que o instrutor já fez", afirma.
O garçom Thiago Christofoletti, 23, fez seu primeiro salto na sexta-feira em Boituva, mas não buscou informações sobre segurança.
"Se procurasse saber demais, ia acabar desistindo", afirma Christofoletti.
Ele só checou o dispositivo de disparo automático (que abre o paraquedas automaticamente se algo acontece com o instrutor) após ser informado pela reportagem.
Informações: Folha de São Paulo

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